Perfeitos amores imperfeitos

Tem gente que passa pela vida sem viver, só esperando para poder aproveitar algo grandioso com alguém, e tem gente que possui algo grandioso e não se dá conta disso. A real? Nunca estamos satisfeitos. Desejamos um parceiro(a) de conto de fadas quando não percebemos que os ogros dessa história somos nós.
Reciprocidade? Tem que existir de ambos os lados, mas, às vezes, não percebemos que somos nós quem não retribuímos...

Somos quem mais sonhamos em viver um grande amor e, mesmo assim, nos escondemos por trás de nossas próprias camadas por medo de nos disponibilizar para o novo. Nos contradizemos ao querermos que nos compreendam e não buscamos compreender o outro, e quando desejamos que nos demonstre carinho e não procuramos demonstrar também. Temos que entender que somos os responsáveis em fazer nosso conto de fadas. Não precisamos, necessariamente, nos comportar como se fôssemos da realeza, mas não precisamos ser os sabotadores de, bom, nós mesmos.

Mas é claro, existem também muitos sapos disfarçados de príncipes e muitos príncipes sendo tratados como sapos que acabam nos desnorteando pelo caminho...
Na busca de encontrar um amor, quantas vezes, de rolo em rolo, nos enganamos com a exposição de uma falsa realeza por, justamente, idealizarmos demais? Então... um suposto ogro pode estar bem ali, disposto a ser ele mesmo pra te fazer feliz, só esperando você o notar.

Sinceramente? Feliz é a Fiona que conheceu primeiro os defeitos do seu príncipe nada previsível e, com ele, reconheceu os seus próprios. Um perfeito amor imperfeito que, entre tantos desencontros e desencantos do parceiro e de si mesmo em busca da perfeição, perceberam que bastava estarem juntos para superar tudo. 

Um clichê? Talvez, porém, um clássico.


























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